Brasil deve ganhar novos operadores de produção no pré-sal

Nos próximos anos, o Brasil terá novos participantes começando a operar campos produtores de petróleo e gás na camada pré-sal.

A norueguesa Equinor planeja iniciar os projetos Bacalhau em 2025 e Raia em 2028.

Já a Shell acaba de tomar a decisão final de investimento para seu campo Gato do Mato, programado para entrar em operação em 2029.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras e a francesa TotalEnergies são as únicas duas petroleiras que atualmente operam ativos de produção do pré-sal no país.

A Petrobras opera os principais campos do Brasil – em todos os casos, com produção do pré-sal – como Tupi, Búzios, Mero, Sépia, Sapinhoá, Atapu, Itapu e Jubarte. A produção da empresa no pré-sal em janeiro foi de 3,42 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 2,64 MMb/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 123 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás natural, segundo os últimos dados da ANP.

A TotalEnergies opera o campo de Lapa, de onde extraiu 54.211 boe/d (44.670 b/d de óleo e 1,51 MMm³/d de gás) no mesmo período. Ela mira o primeiro óleo em Lapa Sudoeste para este ano.

A produção do pré-sal brasileiro em janeiro foi de 3,47 MMboe/d (2,68 MMb/d de petróleo e 125 MMm³/d), representando 78% da produção total de petróleo e gás no período.

As empresas que detêm participações em campos produtores do pré-sal como não operadoras incluem Shell, CNODC, CNOOC, Petrobras, Petrogal, Petronas, Qatar Energy, QPI Brasil, Repsol Sinopec e TotalEnergies.

Com o início das operações em Bacalhau e Gato do Mato, a norte-americana ExxonMobil (parceira da Equinor) e a colombiana Ecopetrol (com a Shell) também se tornarão produtoras do pré-sal.

EXPLORAÇÃO

Operadores adicionais de produção no pré-sal podem surgir no futuro, caso os contratos de exploração do pré-sal deem origem a novos campos.

Exemplos incluem a ExxonMobil, que opera o bloco de Titã, e a BP Energy, com Pau-Brasil e Bumerangue.