Petrobras mais próxima de licença para perfurar na Foz do Amazonas
A Petrobras está mais próxima de conseguir a licença ambiental para perfurar na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.
Na quarta-feira (24 de setembro), a estatal recebeu aprovação do Ibama para a avaliação pré-operacional (APO), o simulado de resposta a emergência realizado pela companhia em agosto deste ano, como etapa final do processo de licenciamento do bloco FZA-M-59, em águas profundas do Amapá.
Em seu parecer, o Ibamasolicitou que sejam incorporados ajustes ao plano de proteção à fauna apresentado pela Petrobras, “de modo a contribuir para o processo de melhoria contínua da estrutura de resposta, garantindo sua adequação e alinhamento aos requisitos da região”. A companhia informou, em nota à imprensa, que irá revisar o plano conforme as observações apontadas no parecer e reapresentará o documento ao Ibama até sexta-feira (26 de setembro).
“A Petrobras espera receber em breve a licença ambiental para perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-59, por meio do qual a companhia irá buscar informações geológicas e investigar a existência de petróleo,” declarou a petroleira.
Com reservas estimadas em 10 bilhões de barris de petróleo bruto, a Foz do Amazonas é considerada a principal esperança do Brasil para reduzir riscos à autossuficiência nacional de petróleo na próxima década.
O mercado aguarda, há anos, a emissão da licença para perfurar na área, tendo em vista o potencial de geração de negócios. A dificuldade para acessá-la decorrer de sua alta sensibilidade ambiental.
Após ter negada, por pelo menos duas vezes, autorização do Ibama, a TotalEnergies, que operava o FZA-M-59, transferiu, em 2021, o ativo para a Petrobras, que, desde então, trabalha para obter o sinal verde do órgão federal.
É possível que a emissão da licença seja adiada para depois da 30ª Conferência do Clima da ONU, que ocorrerá em novembro no estado do Pará, dado que o assunto é ambientalmente controverso.
O governo brasileiro estima que cerca de 280 bilhões de reais em investimentos podem ser demandados na exploração e produção de óleo e gás na Margem Equatorial, que abrange, além de Foz do Amazonas, as bacias de Barreirinhas, Pará-Maranhão, Ceará e Potiguar.
O atual plano de negócios da Petrobras prevê US$3 bilhões em investimentos na região entre 2025 e 2029, com a perfuração de 15 poços no período.
Caso a licença para o FZA-M-59 seja emitida, a perfuração será feita pela sonda NS-42 (ODN-II), de propriedade da Foresea, que já se encontra na locação.
(A versão original deste conteúdo foi redigida em português)
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