Projeto propõe iluminação mais humanizada em Instituições de Ensino — Instituto Federal da Paraiba IFPB
Estudo aponta ajustes simples que podem reduzir a fadiga visual e aumentar o bem-estar
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publicado:
16/10/2025 16h23
última modificação:
16/10/2025 16h31
Com o objetivo de melhorar o conforto visual e o bem-estar em espaços de ensino, o aluno Jeovanne Melo, do curso de Design de Interiores, e a professora Helena Nogueira desenvolveram o projeto de pesquisa e extensão “Luz e Bem-Estar: Iluminação Humanizada em Instituições de Ensino”, em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba.
A iniciativa surgiu a partir dos estudos sobre a norma técnica brasileira NBR 8995, que define os níveis adequados de iluminação em diferentes tipos de ambientes. Na pesquisa de campo, o grupo percebeu que muitos espaços de estudo — como bibliotecas — nem sempre seguem corretamente essas recomendações. “A NBR indica níveis específicos de iluminação conforme o tipo de ambiente. Por exemplo, em bibliotecas, o ideal é que o nível de iluminância varie entre 300 e 500 lux. No espaço analisado, percebemos que esse padrão não estava sendo atingido”, explicou Jeovanne Melo.
A pesquisa envolveu uma análise fotográfica e o uso de um luxímetro, equipamento que mede a intensidade da luz nos ambientes. A partir disso, foi possível identificar problemas na distribuição das luminárias, que acabavam projetando sombras nas cabines de estudo, dificultando a leitura e causando desconforto visual nos estudantes. “O posicionamento incorreto das luminárias gerava sombras sobre as mesas de estudo. Nosso trabalho propõe um reposicionamento e ajustes de temperatura e potência das lâmpadas, para garantir uma iluminação mais uniforme e agradável”.
O projeto prevê também a criação de artefatos móveis, que serão levados aos ambientes de estudo para demonstrar como a variação da cor e intensidade da luz afeta o conforto visual. A proposta é que estudantes e servidores possam perceber, na prática, como a luz influencia o comportamento, a concentração e até o cansaço ocular. “Uma iluminação muito branca pode ser boa para tarefas rápidas, mas causa fadiga visual quando usada por longos períodos. Por isso, recomendamos o uso de uma luz mais amena, com temperatura próxima de 4000K, que favorece a permanência por mais tempo em ambientes de estudo”, explicou Jeovanne.
A pesquisa foi realizada com base em medições feitas em um ambiente de referência na UEPB e os resultados servirão para orientar melhorias semelhantes em instituições de ensino, contribuindo para a saúde visual e o bem-estar dos usuários.
Esse e outros projetos estão expostos no Pátio, durante a Mostra de Educação, Ciências e Tecnologia, que integra a programação do Pulsar 2025, com o tema “Marés de Saberes na Educação Profissional e Tecnológica”. Confira aqui a programação completa.
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