Leilão da ANP arremata 34 blocos de petróleo com investimento mínimo de R$ 1,45 bilhão Petrobras adquire 13 blocos em bacias estratégicas, enquanto protestos alertam para impactos ambientais e sociais ‣ Portal Terra da Luz
17 de junho de 2025 – O leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta terça-feira (17) resultou na venda de 34 blocos de exploração nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas, totalizando 28.359,55 km² de área concedida. Das 172 áreas ofertadas, nove empresas – duas brasileiras e sete estrangeiras – investiram R$ 989 milhões em outorgas, com previsão de R$ 1,45 bilhão em investimentos exploratórios mínimos.
A estatal brasileira destacou-se ao adquirir dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três na Bacia de Pelotas, com desembolso de R$ 139 milhões. A diretora-geral interina da ANP, Patrícia Baran, celebrou os ágios de até 3.000% em áreas da Margem Equatorial: “Este resultado demonstra a confiança no potencial exploratório brasileiro”.
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Governo defende distribuição de riquezas
O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que a inclusão de novas bacias busca equilibrar os benefícios do setor: “Levaremos essa riqueza com responsabilidade a todas as regiões, gerando emprego e crescimento sustentável”.
Protestos alertam para riscos socioambientais
Enquanto o leilão ocorria no Rio, manifestações ecoaram preocupações:
- Indígenas Tapayuna (MT) protestaram contra a exploração em territórios sagrados;
- Conaq repudiou o Bloco 59 (AP), próximo a quilombos, denunciando “racismo ambiental”;
- Pescadores e ativistas na Baía de Guanabara exibiram faixa contra o “Leilão do Juízo Final”.
Ricardo Fujii (WWF-Brasil) criticou: “Ignoram ecossistemas únicos como o recife amazônico e 80% dos manguezais nacionais, essenciais para comunidades costeiras”.
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