AUMENTO NAS MISTURAS DO BIODIESEL E DO ETANOL EXIGE RIGOR NA FISCALIZAÇÃO, AVALIA INSTITUTO COMBUSTÍVEL LEGAL
A partir de hoje (1º), com a vigência obrigatória das misturas de 15% de biodiesel no diesel (B15) e 30% de etanol na gasolina (E30), o Instituto Combustível Legal (ICL) alerta para o risco crescente de adulterações nos combustíveis em todo o país. Caso as normas não sejam cumpridas com rigor, o volume de diesel e etanol adulterados pode crescer em elevada escala. As regiões com maior risco de irregularidade são o Centro-Oeste, Norte e interior do Nordeste, onde a fiscalização é historicamente menos robusta e o transporte de combustíveis por modais rodoviários facilita desvios e fraudes. Emerson Kapaz, presidente do ICL, diz que “A adulteração impacta diretamente o desempenho dos motores, aumenta as emissões e eleva os custos com manutenção, além de representar perda de arrecadação fiscal. O setor de combustíveis reforça seu apoio para ação coordenada entre ANP, Receita Federal, Polícia Rodoviária e governos estaduais para coibir práticas irregulares e garantir a qualidade dos combustíveis em circulação no Brasil.”
A expectativa das empresas especializadas é da redução de 0,3 e 0,5% no preço, dependendo do estado. O governo falava em até R$ 0,11 por litro, (1,8%), em relação ao valor médio verificado no país na semana passada, de R$ 6,20 por litro. As Distribuidoras de combustíveis não acreditam que o valor irá reduzir tanto quanto o governo espera. O etanol anidro, que é misturado à gasolina vendida nos postos, é mais caro e não tem o mesmo benefício tributário do que o etanol hidratado, vendido diretamente ao consumidor. O preço do etanol hidratado na bomba é menor do que o preço da gasolina. A diferença não ocorre com o anidro. O litro do etanol hidratado era vendido por R$ 2,54 por litro na semana passada, enquanto o anidro saía a R$ 2,91 por litro. Está mais caro do que a gasolina que custa R$ 2,85 por litro para as distribuidoras. O aumento da mistura de etanol na gasolina, de 27% para 30%, foi anunciado pelo governo em meio a preocupações com o efeito da instabilidade no Oriente Médio, depois dos ataques contra o Irã e contra Israel.
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