Casa mais quente no inverno: veja como aumentar o conforto térmico

Mesmo com invernos rigorosos, as construções brasileiras em sua maioria não possuem bom isolamento térmico; aprenda a minimizar o impacto do frio no interior da casa

Muito embora o Brasil seja um país tropical e quente a maior parte do ano, temperaturas bastante baixas também são uma marca registrada de muitas regiões. Um misto de características geográficas, altitude e relevo com fenômenos naturais, principalmente nas regiões abaixo do Trópico de Capricórnio, proporciona frentes frias e invernos gelados, com temperaturas que podem chegar a ser negativas em muitas cidades.

Mesmo com o constante frio, poucas casas são, de fato, preparadas para aguentar as baixas temperaturas. Não raro, muitas pessoas relatam sentir mais frio dentro do que fora de casa. Isso acontece porque muitas construções não levam em conta a necessidade do isolamento térmico. Isso faz com que o calor interno se dissipe rapidamente, dando vez ao frio.

O mesmo problema ocorre quando se tem variações térmicas muito grandes em um curto espaço de tempo, isto é, quando faz muito frio e esquenta repentinamente, ou vice-versa. A falta de uma casa preparada também interfere nestes casos. Mesmo nas regiões mais frias, como no caso do Sul do país, as casas não possuem recursos suficientes para se manterem devidamente aquecidas.

Nos países muito frios, em que os invernos são historicamente mais rigorosos, as casas já contam com um preparo especial, suficiente para oferecer conforto térmico para seus ocupantes. Paredes mais grossas ou mesmo duplas e janelas grossas e esquadrias com grande capacidade de vedação são algumas das melhorias. Além disso, em muitos lugares, há infraestrutura urbana como calefação para manter interiores aquecidos.

Minimizando o frio dentro de casa

No Brasil, além de muitas construções serem antigas e não terem contado com projetos visando o conforto térmico, elas mantêm ainda a estrutura padrão das outras regiões, ou seja, construções em alvenaria e telha, e o custo alto de manter uma casa aquecida nestas condições beira o inviável.

Hoje há, no entanto, normas técnicas que obrigam a adequação das novas edificações, com o objetivo de obter um bom desempenho térmico, caso da NBR 15220 e da NBR 15575. A forma como o sol incide sobre uma casa, por exemplo, é um dos principais fatores para tanto. Porém, em casas já construídas, é preciso seguir alternativas para conseguir manter a temperatura interna adequada.

Resolvendo os problemas dos interiores

Estima-se que cerca de 30% do calor se perde através do telhado, 25% pelas paredes, de 10% a 15% pelas janelas e aberturas e de 7% a 10% pelo piso. Entre os materiais acessíveis para regular a perda, estão a fibra de vidro, que pode ser usada em telhas, a manta de fibra, que serve como um bom revestimento para parede, assim como a lã de poliéster e os forros nos mais diversos materiais, como PVC, lã de vidro, lã de rocha, mineral, metal e até bambu.

Outros materiais acessíveis para as paredes são painéis de gesso, placas de EPS (isopor) e papéis de parede mais espessos, além da madeira. Ela é um ótimo isolante térmico, e mesmo painéis nas paredes já podem fazer diferença. Tecidos grossos podem ajudar também na regulação da troca de calor.

Se atentar a janelas e vãos também é fundamental. Esquadrias em PVC são uma ótima opção, pois possuem bom isolamento térmico. No mais, é importante procurar e eliminar as frestas de portas e janelas. Na decoração, colocar tapetes e cortinas pode ajudar a aquecer os ambientes, principalmente se forem de tecidos mais grossos.

Um bom isolamento térmico é uma das chaves para manter uma casa mais quente no inverno e também mais fresca no verão. Contribui também para o isolamento acústico, oferecendo conforto contra ruídos externos. Além do mais, valoriza a casa e favorece a sua durabilidade em longo prazo.

Fonte: Assessoria