Petrobras arrematou os blocos que queria na Bacia da Foz do Amazonas, diz diretora

Petrobras arrematou os blocos que queria na Bacia da Foz do Amazonas, diz diretora

Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA

A diretora de exploração e produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, minimizou nesta quarta-feira (18) as derrotas que a estatal sofreu para o consórcio formado pela americana Chevron e a chinesa CNPC no leilão de áreas de petróleo da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Ela falou a jornalistas na sede da estatal, no Rio de Janeiro.

“Fomos felizes no leilão sim. Realmente a gente conseguiu os blocos prioritários para nós. Conseguimos 13 blocos dos 20 que tínhamos tentado, e por R$ 149 milhões”, disse Sylvia. O destaque para o investimento serve à comparação com o de Chevron e CNPC, que investiram mais que o dobro, R$ 350 milhões, pelos nove blocos que arremataram na Foz do Amazonas.

As petroleiras estrangeiras levaram a melhor em todos os blocos pelos quais houve disputa com Petrobras e ExxonMobil naquela área da Margem Equatorial, no litoral do Amapá. O consórcio integrado pela petroleira brasileira ficou com 10 blocos na região, mas só onde fez ofertas sozinho. Além deste, a Petrobras comprou mais três concessões na Bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul.

Presente no encontro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a Petrobras já esperava concorrência no leilão de áreas da Margem Equatorial.

“Esperávamos sim concorrência porque a Guiana está bombando. E o que a gente viu ali é o seguinte: em termos do que a gente conseguiu, foi o que queríamos. Mas esse ‘plus’ não foi possível”. O setor parece estar cada vez mais convencido da similaridade entre as formações geológicas da Guiana e da Bacia da Foz.

Questionada sobre o porquê a Chevron teria feito ofertas tão acima da Petrobras, até três vezes maiores, Magda provocou: “Quem sabe ela (Chevron) não ficou preocupada de perder mais uma vez”, disse, em alusão à dinâmica do leilão anterior, de 2023, quando, em consórcio com a Shell, a estatal levou a melhor por concessões na Bacia de Pelotas.

Operação dividida
Sobre dividir a operação dos blocos arrematados na Foz do Amazonas com a ExxonMobil, Sylvia disse que a empresa americana é a “melhor operadora da Guiana” hoje. A afirmação é relevante porque é raro que a Petrobras abra mão da operação dos campos em que tem participação no Brasil.

“Se tem um lugar no Brasil onde eu gostaria de ter parceria com a Exxon é onde conseguimos, na Margem Equatorial. (A área) tem afinidade, similaridade geológica com a Guiana, então a Exxon é o melhor parceiro para a região”, disse Sylvia.

A essa altura, Magda disse que atividade exploratória demanda parcerias para melhor compartilhamento de riscos

“O risco exploratório é sempre alto. Há muita expectativa do primeiro poço (no Amapá), mas quando olhamos para a Bacia de Campos, lá atrás, antes da primeira descoberta, perfuramos 8 poços secos”. Segundo Magda, a empresa escolhida para a Petrobras se consorciar na Foz do Amazonas poderia ter sido qualquer outra, mas a ExxonMobil mostrou “maiores afinidades” com os desejos exploratórios da Petrobras.

Confiança e pioneirismo
Segundo Magda, o desenvolvimento da exploração e produção na Margem Equatorial vai repetir a história de outras províncias petrolíferas hoje maduras, como a Bacia de Campos e o pré-sal.

“A Petrobras abre o caminho e as outras (empresas) vão atrás. Foi asism na Bacia de Campos, aconteceu no pré-sal e vai acontecer de novo na Margem Equatorial”, disse.

Magda disse, ainda, que o resultado do leilão de áreas da Margem Equatorial mostra a confiança do mercado no Estado Brasileiro e sua “segurança institucional”. “Isso mostra solidez, responsabilidade, continuidade e segurança jurídica. A certeza de que o país está indo em frente no que precisa”, completou Magda.

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