Projeto de gás no Rio tem forte conteúdo local

Redação

 Projeto de gás no Rio tem forte conteúdo local
Petroleiro em plataforma (foto Petrobras)

O Projeto Raia, na Bacia de Campos, com início de operação previsto para 2028, terá capacidade de escoar 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, podendo suprir até 15% da demanda nacional. Integrante do Novo PAC do Governo Federal, o projeto, operado pela Equinor (35%) em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%), se destaca pelo conteúdo local: mais de 99% das 20 mil toneladas de aço utilizadas no gasoduto e no FPSO são de produção nacional.

Este foi um dos projetos de energia discutidos no último dia da Rio Pipeline & Logistics. Em painel realizado na manhã desta quinta-feira, executivos da Equinor, TotalEnergies e Petrobras detalharam o desenvolvimento de ativos estratégicos que visam ampliar a segurança energética e movimentar a indústria local na América do Sul.

O projeto Lapa South West, apresentado por Leonardo Simões, gerente de novos projetos e instalações da TotalEnergies, prevê investimento de cerca de US$ 1 bilhão para conectar novos poços a um FPSO já existente, na Bacia de Santos. A iniciativa aumentará a produção do campo em 25 mil barris de óleo por dia e exemplifica a estratégia da companhia de priorizar ativos de baixo custo e menores emissões, otimizando a infraestrutura instalada.

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Rafael Solano, consultor sênior da Petrobras, detalhou o Projeto Sirius, uma descoberta de gás natural na Colômbia, em parceria com a Ecopetrol. Em fase de desenvolvimento, o projeto prevê a implantação do primeiro gasoduto submarino de longa distância no país, com 115 km até a costa continental, e tem potencial para garantir segurança energética à Colômbia por décadas.

Em outro painel, Tomaz Guadagnin, CEO da Transportadora Associada de Gás (TAG), destacou o papel estratégico do gás natural para o Brasil. Ele ressaltou os benefícios do produto, como a flexibilidade e a rapidez no acionamento de usinas térmicas, além do potencial de estocagem de gás, uma prática já consolidada na Europa, mas ainda iniciante no Brasil.

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