Shell aprova investimento em Gato do Mato
A Shell tomou uma decisão final de investimento (na sigla em inglês, FID) para o projeto de petróleo e gás Gato do Mato, na costa sudeste do Brasil.
O plano de desenvolvimento do campo do pré-sal inclui a instalação de um FPSO projetado para produzir até 120.000 b/d (barris por dia) de petróleo a partir de 2029.
A unidade de produção será construída e operada pela japonesa Modec, que já havia assinado um contrato de engenharia de front-end com a Shell.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da petroleira, que reiterou à BNamericas que ainda não há números de investimentos anunciados.
O Consórcio Gato do Mato inclui a Shell (como operadora com 50% de participação), a colombiana Ecopetrol (30%), a francesa TotalEnergies (20%) e a estatal PPSA, que atua como gestora do contrato de partilha de produção.
O sinal verde abre caminho para a Ecopetrol estrear como produtora de hidrocarbonetos no Brasil. A empresa afirmou em comunicado que Gato do Mato consolida a empresa como um dos principais players no desenvolvimento de recursos energéticos na América Latina e como um parceiro estratégico para futuros projetos.
As operações iniciais envolverão a reinjeção de gás natural para suporte de pressão do reservatório, com futura opção de exportar gás para instalações terrestres.
Os volumes atuais estimados de recursos recuperáveis do desenvolvimento de Gato do Mato são de aproximadamente 370 MMb (milhões de barris).
Localizado na bacia de Santos, o projeto Gato do Mato é uma descoberta de gás-condensado do pré-sal que abrange dois blocos contíguos: BM-S-54, com contrato de concessão firmado em 2005, e Sul de Gato do Mato, com contrato de partilha de produção obtido em 2017.
Os blocos estão localizados na costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidades de água que variam de 1.750 a 2.050 metros.
“O projeto contribui para manter a produção estável de líquidos do nosso vantajoso negócio de upstream e expande nossa liderança como o maior produtor estrangeiro no Brasil”, disse em comunicado Zoë Yujnovich, diretora integrada de gás e upstream da Shell.
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