TotalEnergies afirma que o investimento no GNL argentino não é uma prioridade
A francesa TotalEnergies anunciou que o envolvimento em projetos de GNL argentinos não estava no topo de sua lista de investimentos.
A empresa possui ativos upstream no país e já havia indicado anteriormente que seu objetivo era sair do petróleo de xisto e intensificar seu foco na produção de gás natural.
Questionado sobre o potencial investimento em projetos de GNL na Argentina, o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, disse na teleconferência de resultados do primeiro trimestre que “é uma questão de alocação de capital em GNL […] e consideramos que temos projetos melhores.”
Pouyanné também se referiu à política cambial argentina e aos desafios históricos de pagamento de dividendos que a empresa enfrenta. O atual governo do presidente Javier Milei está tentando normalizar a política após anos de regimes de controle de capital, aos quais o executivo se referiu.
“Investir em infraestrutura pesada em um país que tem uma política cambial bastante instável, eu diria que não é realmente […] prioridade”, explicou.
Em termos de GNL, a argentina YPF tem um projeto de exportação de GNL em três fases. A primeira fase envolve um acordo de pedágio com a Southern Energy, proprietária de um projeto separado, aparentemente o mais avançado dos vários anunciados no país.
A TotalEnergies, maior produtora de gás da Argentina em março, com ativos onshore e offshore, busca vender participações nas áreas de óleo de xisto de La Escalonada e Rincón de la Ceniza, onde é operadora. A empresa tem parceria com Shell e GyP nessas áreas.
“Temos outras maneiras de monetizar nosso gás argentino”, comentou Pouyanné, referindo-se ao início das exportações de gás natural para o Brasil. TotalEnergies, Tecpetrol e Pluspetrol começaram a exportar para o Brasil via infraestrutura boliviana.
As empresas envolvidas em projetos de GNL na Argentina incluem Pan American Energy,Golar LNG, YPF, Pampa Energía, Harbour Energy, Tecpetrol, TGS e Excelerate Energy.
GyP
Em notícias relacionadas, a GyP, empresa de hidrocarbonetos do governo da província argentina de Neuquén, anunciou a aquisição de uma participação minoritária no projeto do terminal de oleoduto Vaca Muerta Sur, liderado pela YPF e atualmente em construção. Com essa participação, a GyP obtém uma capacidade de 5.000 b/d, toda ela voltada para exportação.
A produção da GyP é de cerca de 3.000 b/d e a empresa tem capacidade suficiente para despachá-la, anunciou o governo de Neuquén em um comunicado.
A empresa também garantiu capacidade de 1.600 b/d no projeto Duplicar, da Oldelval, e está avaliando participar do projeto Duplicar Norte.
Por meio de suas participações em áreas que devem aumentar a produção, a GyP pretende atingir a marca de 10.000 b/d na próxima década.
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