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Os contratos de PPPs (parcerias público-privadas) assinados no primeiro semestre de 2025 no país totalizam R$ 82 bilhões em investimentos. A informação consta no último relatório iRadarPPP, elaborado pela consultoria Radar PPP e antecipado todo mês pela CNN.
Em termos de investimento, os destaques do semestre ficam para a PPP das linhas 11, 12 e 13 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e as concessões rodoviárias em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Durante os primeiros seis meses do ano, surgiram 232 novas iniciativas em PPPs, 104 editais foram publicados e 66 contratos assinados. Os números apresentam arrefecimento em comparação ao mesmo período dos últimos anos: são os mais baixos ao menos desde 2021.
Por outro lado, Frederico Ribeiro, sócio da Radar PPP, destaca que “há sete anos, os investidores sabem que no primeiro semestre no Brasil, temos no país cerca de 100, 110 oportunidades de leilões” — mesmo sem uma política centralizada para lançamento de projetos.
“Essa previsibilidade, ainda que alguns possam dizer que é fortuita, contribui para gerar o sentimento de que o país realmente conta com investimento privado em contratos de longo prazo, como estratégia de desenvolvimento”, explicou.
Na análise da consultoria, o semestre revela ainda “novo comportamento” do segmento de PPPs no país: o avanço mais pulverizado de iniciativas, com emergência e expansão de setores que antes não tinham protagonismo, como saúde, educação, meio ambiente e ativos imobiliários.
Segundo semestre
Para o restante do ano, segundo a consultoria, o surgimento de iniciativas em março (40) e maio (52) indica a existência de um interesse dos governos central e subnacionais em novos projetos.
“Para o resto do ano, dá pra esperar muitas licitações importantes e, mais que isso, setorialmente diversificadas: lotes 4 e 5 das rodovias no Paraná, túnel Santos-Guarujá, nova sede do Governo de São Paulo, segunda fase da universalização do saneamento no Pará, hospital estadual em Belo Horizonte, etc”, explicou Frederico.
O sócio da consultoria também destaca entre os focos do segundo semestre “aspectos externos à modelagem dos projetos”, como proposições legislativas em tramitação e regulamentações em gestação.
“Estamos falando em especial de: tributação sobre as debêntures de infraestrutura (nova MP 1.303), regulamentação da reforma tributária e conclusão do Novo Marco das Concessões e PPPs em análise pelo Congresso”, enumera.
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