Venda de combustível brasileiro a Israel sobe 51%
Até o fechamento desta edição, a TotalEnergies não tinha respondido aos pedidos de esclarecimento por parte da reportagem.
Na ofensiva em Gaza, o petróleo e combustíveis passaram a ser um elemento crítico nas negociações. Israel dificultou a entrada dos produtos no território palestino, alegando que seriam desviados pelo Hamas. A OMS e entidades humanitárias denunciaram o gesto que, em muitos casos, deixou hospitais sem energia.
No caso de Israel, as múltiplas frentes de guerra levaram as importações de combustíveis a atingir seu maior nível desde julho de 2022. As importações de gasolina, diesel, combustível de aviação e gasóleo estão estimadas em 74 mil barris por dia para junho, de acordo com os dados de remessa coletados pela empresa Kpler, que monitora o setor.
No caso do Brasil, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram que o petróleo foi o principal produto exportado pelo Brasil a Israel em 2024, totalizando US$ 216 milhões (aproximadamente R$ 1,2 bilhão). O volume representa 30% do total vendido pelo Brasil ao mercado israelense.
No final de maio, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) enviaram uma carta ao presidente Lula pedindo a suspensão imediata das exportações de petróleo brasileiro a Israel.
Fontes que fizeram parte da campanha indicaram que a ação dos petroleiros estava paralisada à espera de dados oficiais da ANP, que agora foram tornados públicos.
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