Preço da gasolina cai na refinaria, mas consumidor ainda não sente alívio no bolso

Preço da gasolina cai na refinaria, mas consumidor ainda não sente alívio no bolso

Foto: Reprodução Pixabay

Notícias de economia – A redução no preço da gasolina anunciada pela Petrobras no início da semana ainda não chegou, de fato, ao bolso do consumidor. Levantamentos feitos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e pela empresa de pagamentos ValeCard revelam que o repasse ao consumidor final foi tímido e ficou longe dos R$ 0,12 por litro estimados pela estatal.

De acordo com a ANP, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu apenas R$ 0,02 na semana, passando para R$ 6,25 por litro. Já a ValeCard detectou quedas no valor do combustível em apenas dez estados entre os dias 1º e 6 de junho — e em apenas três deles a redução superou R$ 0,05 por litro.

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O cenário evidencia um descompasso entre o valor cobrado pelas refinarias e o preço final nas bombas, e reacende o debate sobre a cadeia de repasse dos combustíveis no país. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, cobrou publicamente agilidade dos postos e distribuidoras, pedindo até que consumidores pressionem os revendedores a refletirem as reduções.

Em nota, o sindicato dos postos de combustíveis do Paraná (Paranapetro) rebateu a crítica, atribuindo a lentidão às distribuidoras. “Em reduções recentes do diesel, as principais distribuidoras não repassaram a baixa na íntegra”, afirmou a entidade.

Segundo os dados mais recentes da ANP, no entanto, as distribuidoras reduziram seus preços em R$ 0,37 por litro desde o pico de R$ 5,72 registrado em fevereiro. Nos postos, o preço do litro caiu R$ 0,39 no mesmo período, o que indica que o repasse tem ocorrido, mas de forma mais lenta e desigual.

Além da gasolina, outros combustíveis também apresentaram variações. O diesel S-10 registrou queda de apenas R$ 0,01 na última semana, chegando a R$ 6,05 por litro. Já o etanol hidratado, pressionado pelo início da safra de cana-de-açúcar, teve recuo de R$ 0,03, sendo comercializado a R$ 4,24 o litro — R$ 0,15 a menos do que o pico em fevereiro.

O impacto dessas oscilações nos combustíveis vai além das bombas. Como a gasolina é o item com maior peso no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sua redução pode contribuir para a desaceleração da inflação. Segundo o economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), se o repasse estimado pela Petrobras for de fato efetivado, pode haver uma queda de até 0,10 ponto percentual no IPCA.

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