Fundos nacionais de ações globais de grande capitalização são os menos expostos a combustíveis fosseis na categoria acionista

De entre os fundos com menor envolvimento em empresas que obtêm receitas de atividades relacionadas com combustíveis fósseis, os de ações destacam-se.

Os combustíveis fósseis são, notoriamente, um dos temas ligados à sustentabilidade mais discutidos nos últimos anos. Se por um lado há um consenso generalizado sobre a necessidade de criar alternativas, a velocidade da transição energética e a implementação dessas alternativas já abre espaço para opiniões muito díspares. Não sendo este o único indicador para auferir o comprometimento dos fundos de investimento com a sustentabilidade, a sua análise é indubitavelmente relevante. A exposição aos combustíveis fósseis é um dos indicadores de reposta obrigatória medidos pelos Principais Impactos Adversos (PIA). Mede, especificamente, a percentagem da carteira investida em títulos de empresas que obtêm receitas de atividades relacionadas com combustíveis fósseis. Como tal, à luz desta metodologia, foram analisados os fundos nacionais com informação disponível na Morningstar, sendo que apenas são considerados os que têm cobertura de dados acima dos 70%.

Menor exposição: ações

No que diz respeito aos fundos nacionais de ações, cinco fundos do Top 10 não possuem qualquer envolvimento em combustíveis fosseis, representando assim a categoria analisada que maior número de fundos tem no Top 10 com menor exposição a combustíveis fósseis. Desses cinco, fazem parte o BPI Global Investment Fund Opportunities, o BPI Reforma Global Equities PPR e o BPI Ações Mundiais da BPI Gestão de Ativos, o Montepio Euro Healthcare da Montepio Gestão de Activos e o NB FCP America Growth Fund Distribuição da GNB GA. Difere da análise anterior, feita há um ano, apenas com a entrada deste último nos não envolvidos.

Desta lista, apenas o BPI Reforma Global Equities PPR/OICVM está classificado como artigo 8º e o BPI Impacto Clima – Ações como artigo 9º.

A categoria global deste Top 10 é bastante diversificada, estando as ações globais de grande capitalização em maior número. Em termos de entidades gestoras, destaque para a BPI GA com sete fundos nesta lista.

Os fundos nacionais de ações com menor exposição a combustíveis fósseis

Quanto aos fundos de rendimento fixo, segundos os dados dos PIA, são quatro os que não têm no seu portefólio qualquer percentagem de exposição a combustíveis fósseis. São eles o IMGA Obrigações Globais Euro 2025, o IMGA Financial Bonds 3Y 2,25%, da IMGA, o Santander Objetivo 2026 II da Santander AM e o Bankinter Obrigações EUR 2027 PPR/OICVM, da Bankinter AM. Mais dois do que na análise anterior. Tendo em conta os dados disponíveis, também o máximo de envolvimento no Top 10 se vê melhorado, descendo de 4,33% para 3,90%.

Por fim, nesta categoria vemos ainda dois fundos artigo 8º, o Caixa Obrigações 2026 III e o Caixagest Obrigações ambos da Caixa Gestão de Ativos e a IMGA é a entidade gestora mais representada com quatro fundos.

Os fundos nacionais de rendimento fixo com menor exposição a combustíveis fósseis

Na categoria de multiativos, há apenas um fundo sem qualquer exposição a combustíveis fosseis. O Lynx Discovery Fund, da Lynx AM, não constava da lista da análise anterior e é agora o único desta categoria com 0% de envolvimento. Esta é a categoria que apresenta maior envolvimento a empresas expostas a combustíveis fósseis no Top 10. Ainda assim, face ao ano anterior, vimos o máximo de envolvimento deste Top 10 descer de 7,04% para 5,60%.

Nesta tabela encontram-se dois fundos artigo 9º, o BPI Impacto Clima Agressivo, da BPI GA e o Caixa Investimento Socialmente Responsável, da Caixa GA. Com quatro fundos nesta tabela, a Optimize IP é a entidade gestora mais representada.

Os fundos nacionais multiativos com menor exposição a combustíveis fósseis