Operação revelou sofisticação de fraudes, diz Artur Watt
A Operação Carbono Oculto ajudou a revelar o nível de sofistifcação das fraudes no mercado de combustíveis e ressaltou a importância dos monitoramentos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, ressaltou o novo diretor-geral da autarquia, Artur Watt, em entrevista ao estúdio eixos na Rio Pipeline & Logistics na terça-feira (09/9).
“Com esse programa de monitoramento, que é relevantíssimo, você consegue pautar a sua fiscalização para você ir justamente onde é mais necessário”, ressaltou, em sua primeira entrevista exclusiva depois que assumiu o cargo, na sexta (05/9). Assista à entrevista na íntegra acima.
A operação deflagrada no final de agosto é considerada a maior ofensiva do país até hoje contra a infiltração do crime organizado na economia formal.
Watt lembrou que a agência colaborou com a operação por meio da fiscalização das fraudes e da verificação da adição indevida de metanol a combustíveis e venda de produtos fora das especificações.
“A ANP acompanha e coloca os seus recursos em prol desse combate, esse tipo de ilegalidade que prejudica o consumidor, prejudica o país, prejudica a sociedade em diversas esferas. A ANP busca contribuir com todo o seu aparato e expertise para o combate a esse tipo de fraude”, disse.
Nesse contexto, Watt ressaltou ainda a importância da recomposição das verbas das agências reguladoras. Segundo ele, a ANP teve uma redução orçamentária nos últimos dez anos maior do que 80% em termos reais.
“É realmente um patamar muito alto de redução, que você começa a cortar na carne, no osso, e acaba tendo necessariamente redução de programas fundamentais. Então, dentre outras coisas, investimentos em informática, inteligência, tratamento de dados, está tudo suspenso, simplesmente você vai apenas seguindo com o que você já tem e vai ficando defasado”, afirmou.
Watt abordou ainda a chegada de novas tecnologias ao setor, como o hidrogênio, e os desafios regulatórios com as novas atribuições à agência. Veja a seguir os principais temas abordados na entrevista:
- Cortes orçamentários nas agências reguladoras;
- Operação Carbono Oculto e combate a fraudes nos combustíveis;
- Manutenção regular de leilões de áreas de exploração e produção;
- Reposição de reservas;
- Uso dos recursos do petróleo para a transição energética;
- Papel do gás na transição energética;
- Espaço para o biometano e hidrogênio no mercado;
- Novas atribuições regulatórias atribuídas à ANP.
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