Petrobras quer ampliar encomendas nacionais desde que patamar de lucro seja respeitado, diz presidente da estatal

Petrobras quer ampliar encomendas nacionais desde que patamar de lucro seja respeitado, diz presidente da estatal

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a estatal vai ampliar as encomendas em estaleiros e empresas nacionais nos próximos anos, desde que o patamar de lucro seja respeitado. Ela participou da abertura da FPSO Supply Connections Brazil Offshore, evento realizado na manhã desta terça-feira, no Rio de Janeiro, e organizado pela estatal, Sinaval, que representa o setor naval, e o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).

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A estatal pretende, até 2029, encomendar 11 plataformas de produção de petróleo e gás (FPSOs), 30 novas sondas de exploração e cerca de 90 embarcações submarinas para dar suporte às operações em alto-mar. O novo plano de negócios da estatal prevê investimentos de US$ 111 bilhões, valor 9% maior em relação ao plano anterior.

— Vamos ampliar os investimentos no parque produtivo brasileiro e assegurar que vamos fazer encomendas com fornecedores nacionais, mas tem que ter uma base competitiva. O patamar de lucro da Petrobras será respeitado, promovendo a indústria nacional. Quando olhamos para frente, vemos oportunidades. Temos o pré-sal, que vai continuar se desenvolvendo. A Bacia de Campos vai retomar a produção e produzir, no futuro, tudo que já produziu. O fator de recuperação em Campos é hoje de 17% e queremos chegar a 35% — disse Magda.

Ela citou a encomenda de dois FPSOs para Sergipe Águas Profundas (SEAP), cujo edital foi lançado no último dia 9 de novembro. Lembrou que uma das unidades terá conteúdo local de 40% e a outra de 30%. Mas Magda fez um alerta para que se evitem voos de galinha.

— Precisamos conhecer o potencial e as dores para que a gente possa fazer essa indústria dar certo e traçar caminhos de progresso. Precisamos entender que nenhum de nós caminha sozinho. É evitar voo de galinha. Já enfrentamos uma sucessão de voos de galinha e, quando a gente olha para trás, temos que ver as lições apreendidas e calibrar o que somos capazes de fazer e não dar passos maiores que as nossas pernas possam oferecer. Tem que fazer acontecer com passos sedimentados, com esforço e consciência do que a indústria pode entregar — afirmou Magda.

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Ela, no entanto, afirmou que, para que o projeto de Sergipe Águas Profundas (SEAP) possa ser rentável, é preciso que seja construído um mercado para o gás. Em Sergipe, cada uma das unidades terá capacidade para produzir 120 mil barris de óleo por dia e até 12 milhões de metros cúbicos de gás diários.

— Sergipe Águas Profundas é um projeto que vai produzir óleo e gás. Tem que ter espaço para produzir gás. Quando falamos de esforço legislativo, de construção de mercado de gás, temos que entender que projetos de gás nascem com projetos de óleo. Isso não é chantagem, é realidade de negócio. Ninguém faz uma plataforma para ter prejuízo. Precisamos ter mercado para nosso produto final. Esse projeto de Sergipe Águas Profundas coloca Sergipe em posição de vanguarda. O Nordeste tem essa posição estratégica — disse ela, destacando que a primeira plataforma pode entrar em operação em 2030 ou até antes.

Segundo Magda, o ajuste do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) pelo Senado viabiliza os projetos para Sergipe Águas Profundas (SEAP). No projeto, foram incluídos entre os projetos prioritários os relacionados à energia nuclear, ao biogás, ao gás natural e à produção de amônia e derivados.

— Precisamos de mercado para nosso gás, o que vai viabilizar economicamente os projetos do SEAP. O Paten endereça essa necessidade e garante a continuidade do projeto. É importante que haja mercado para o gás da Petrobras para viabilização desse projeto. O Senado entendeu o tamanho desse desafio e ajustou o Paten, viabilizando os projetos SEAP 1 e 2, em benefício do Brasil e do Estado de Sergipe.

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