Prio (PRIO3) produz 91,8 mil barris em agosto e ações caem 7,5% no mês; é hora de comprar?

Imagem: iStock/ @mysticenergy

Na semana passada, a Prio (PRIO3) divulgou os dados operacionais de agosto. Paradas ja informadas anteriomente atrapalharam a produção, que ficou abaixo do potencial. Os campos em plena produção tiveram um desempenho de acordo com o esperado.

A produção total da Prio foi de 91,8 mil (-9% m/m) barris por dia (boepd), abaixo da produção média potencial (110 mil boepd) e da produção máxima já registrada, de mais de 120 mil barris em 24h.

Isso se deu tanto pela parada de uma das bombas centrífugas do cluster Polvo e Tubarão Martelo, quanto pela interdição em Peregrino.

Imprevistos desaceleraram produçaõ da Prio em agosto

A bomba do cluster nunca tinha parado desde o início das operações. Essa falha já havia sido comentada no call de resultados da Prio, no dia 06/08. A manutenção foi iniciada e deve ser finalizada ainda em setembro. Mesmo com o desfalque da bomba  o mês todo, agosto foi o segundo melhor mês do ano para o cluster, com uma produção de 13 mil boepd.

No campo de Peregrino, o impacto foi causado pela parada total do campo após interdição da ANP, divulgada em fato relevante dia 18 de agosto. Durante o restante do mês, o campo não produziu mais barris, gerando o fraco resultado. 

Ainda sobre a interdição de Peregrino, passadas pouco mais de 3 semanas, foram finalizadas 8 das condicionantes exigidas pela ANP, de 12 totais. A condicionante mais complexa, do sistema de detecção de fogo, já foi concluída. A expectativa inicial de término dos ajustes era de 3 a 6 semanas.

Com as divulgações prévias sobre as paradas, as ações da Prio tiveram queda relevante de 7,5% no mês de agosto, mantendo a volatilidade no início de setembro, o que levou a ação para uma patamar de Preço/Lucro para 2026 de 5x e um yield de fluxo de caixa para o acionista de 109% para o triênio de 2026 e 2028. Seguimos construtivos com a tese, por isso, Prio segue na carteira.